Se se pensar que os mapas de disparidade definem uma função que indica qual o pixel na imagem direita que melhor descreve um dado pixel na imagem esquerda, uma vez calculados estes mapas pode-se obter uma aproximação da imagem esquerda ``puxando'' os pixels correspondentes da imagem direita. Se D for um elemento do conjunto dos mapas de disparidade (note-se que nesta representação está-se a juntar disparidade segundo u e v) pode-se pensar na acção deste sobre o conjunto das imagens e será representada por L' = D*R (L' é o resultado da acção de D sobre R, ou seja, L' é a imagem formada ``puxando'' a imagem R por D). É então possivel a composição destes mapas da maneira usual. Se se definir também a operação de transposição de imagem de forma semelhante à transposição de matrizes (cuja representação continua a ser T), o algoritmo que se propõe é o seguinte (ver figura 5.3.4)
Dx | = sun(L, R) | |
Dy | = sun(LT,(Dx*R)T) | |
Dx | = sun(L, Dy*R) | |
Dxy | = DxoDy |
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Porém será também necessário emparelhar imagens onde tanto a disparidade segundo u como a disparidade segundo v são elevadas. Outra maneira possível de se conseguir emparelhamento, consiste em procurar numa região da imagem 2, algo que se assemelhe a um dado padrão da imagem 1. Se C(u, v, du, dv, n) corresponder agora a uma medida de distância, por exemplo o simétrico do valor da correlação cruzada normalizada após removida a média (em inglês zero mean normalized cross-correlation) de uma janela de tamanho (2n + 1)x(2n + 1) centrada em (u, v) numa imagem e em (u + du, v + dv) na outra, pode-se então pensar no emparelhamento de um pixel (u, v) na primeira imagem, como sendo:
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(5.3.2) |
Este algoritmo é bastante simples mas pouco robusto, sendo apenas usado para se conseguir o emparelhamento entre as imagens sem e com interface, necessário para a estimação da interface. Note-se que o algoritmo do Sun neste caso não pode ser usado dado que não se tem restrição epipolar (nem algo próximo). Um exemplo dos resultados obtidos apresenta-se na figura 5.3.6.
Com estes algoritmos pretende-se apenas provar a veracidade do algoritmo de estimação da interface, não sendo de interesse a utilidade/robustez noutras imagens para além das apresentadas.
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