Transformada de Hough

Dado que a luz se propaga em linha recta em cada meio, pode escrever-se (ver figura 4.2.1):

p2 = p1 + t1$\displaystyle \hat{{v}}_{1}^{}$ + t2$\displaystyle \hat{{v}}_{2}^{}$

ou seja

$\displaystyle \hat{{v}}_{2}^{}$ = $\displaystyle {\frac{{\mathbf{p_2}-\mathbf{p_1}-t_1 \mathbf{\hat{v}_1}}}{{t_2}}}$ (4.2.6)

como a norma de $ \hat{{v}}_{2}^{}$ terá que ser unitária, o valor de t2 vem necessariamente dado por

t2 = $\displaystyle \left\Vert\vphantom{ \mathbf{p_2}-\mathbf{p_1}-t_1 \mathbf{\hat{v}_1} }\right.$p2 - p1 - t1$\displaystyle \hat{{v}}_{1}^{}$$\displaystyle \left.\vphantom{ \mathbf{p_2}-\mathbf{p_1}-t_1 \mathbf{\hat{v}_1} }\right\Vert$

Obtêm-se assim valores possíveis para $ \hat{{v}}_{2}^{}$ parametrizados por t1, e portanto u fica também parametrizado por esta variável. Então, t1 parametriza tanto a localização do ponto de intersecção do raio que parte de p1 segundo a direcção $ \hat{{v}}_{1}^{}$ com a interface4.4, como a orientação da interface nesse mesmo ponto4.5. Se se levar em consideração que se tem 2 imagens (cada uma com MxN diferentes $ \hat{{v}}_{1}^{}$) deverá ser possível encontrar a superfície da interface usando técnicas semelhantes à transformada de Hough (infelizmente num espaço a 5 dimensões, com coordenadas (x, y, z, vx, vy) dado que vz fica definido das duas últimas).

Devido às dimensões do espaço de procura, este método requer uma implementação cuidada de forma a manter uma baixa utilização de memória. Dada esta dificuldade considera-se a abordagem descrita de seguida como sendo melhor.


Ricardo 2004-11-06