Partindo da transformação em coordenadas esféricas:
r |
= |
 |
|
 |
= |
arctan x, y |
|
 |
= |
arccos   |
|
e a respectiva transformação inversa
x |
= |
r cos sin |
|
y |
= |
r sin sin |
|
z |
= |
r cos |
|
para
r
0+,
[0, 2
[ e
[0,
[. Pode-se então descrever um vector
v = 

em coordenadas esféricas vr, v
e v
. Assumindo uma interface planar em z = 0, aplicar a lei de Snell
k1sin = k2sin |
(4.1.1) |
onde ki são os índices de refracção do meio i e os ângulos
e
são medidos em relação à normal à interface como mostra a figura 4.1.1, permite calcular a coordenada v
do vector que define a trajectória do raio de luz após atravessar o interface. Se se designar por
vi o vector no ambiente i4.1, tem-se então
Figura 4.1.1:
Ilustração dos ângulos considerados na lei de snell.
 |
permanecendo as restantes coordenadas esféricas inalteradas (
vr2 = vr1 e
v
2 = v
1).
Interpretando geometricamente as funções trigonométricas permite apresentar as seguintes implicações assumindo que todos os ângulos estão reduzidos ao primeiro quadrante4.2
y = cos(arctan(x)) |
y =  |
|
y = sin(arctan(x)) |
y =  |
(4.1.2) |
y = sin(arccos(x)) |
y =  |
|
y = cos(arcsin(x)) |
y =  |
|
Aplicando a transformação inversa ao vector
v2 (levando em consideração que
sin(
-
) = sin(
)), tem-se (sublinha-se os termos aos quais uma das fórmulas descritas em 4.1.2 se aplica):
vx2 |
= vr2cos v 2 sin v 2 |
|
|
= vr2 sin - arcsin     |
|
|
=  vx1 |
|
|
= vx1 |
(4.1.3) |
vy2 |
= vr2sin v 2 sin v 2 |
|
|
= vr2 sin - arcsin     |
|
|
=  vy1 |
|
|
= vy1 |
(4.1.4) |
vz2 |
= vr2cos v 2 |
|
|
= vr2cos - arcsin     |
|
|
= - vr2 |
|
|
= -  |
|
|
= -  |
(4.1.5) |
Como se evidencia na última expressão, vz2 garante que a norma do vector refractado é igual à do vector incidente. O factor k1/k2 será doravante designado por k. Neste caso em particular, usando uma interface ar/água, ter-se-à
k
1/1.33.
Ricardo
2004-11-06