Brasil Pátria de emigração. É num poema que te posso ter... A terra - possessiva inspiração; E os rios - como versos a correr. Achada na longínqua meninice, Perdida na perdida juventude, Guardei-te como podia: na doce quietude Da força represada da poesia. E assim consigo ver-te Como te sinto: Na doirada moldura de lembrança, O retrato da pura imensidade A que dei a possível semelhança Com palavras e rimas de saudade. Miguel Torga Enviado para a pt-net por Paulo Silva (pjnevess@mail.telepac.pt)