Sombras da Madrugada Vi uma sombra bem unida a dela e a tua e a minha sombra já esquecida surpreendida parou na rua! os dois bem juntos, tu e ela nenhum reparou que a outra sombra era daquela que tu não queres mas já te amou! É madrugada não importa neste silêncio há mais verdade a noite é triste e tão sózinha parece minha toda a cidade! nem um cigarro me conforta nem o luar hoje me abraça eu não te encontrarei jamais e nestas noites sempre iguais sou mais uma sombra que passa sombra que passa e nada mais. Ao longo desta madrugada a sombra da vida mora nas pedras da calçada já não tem nada anda perdida quando a manhã, desce enfeitada no sol, que a procura nem sabe quanto a madrugada chora baixinho tanta amargura! António Lampreia