Ó tu, consolador dos malfadados Ó tu, consolador dos malfadados, Ó tu, benigno dom da mão divina, Das mágoas saborosa medicina, Tranquilo esquecimento dos cuidados: Aos olhos meus, de prantear cansados, Cansados de velar, teu voo inclina; E vós, sonhos d'amor, trazei-me Alcina, Dai-me a doce visão de seus agrados: Filha das trevas, frouxa sonolência, Dos gostos entre o férvido transporte Quanto me foi suave a tua ausência! Ah!, findou para mim tão leda sorte; Agora é só feliz minha existência No mudo estado, que arremeda a morte. Bocage