Timor Lavam-se os olhos nega-se o beijo do labirinto escolhe-se o mar no cais deserto ficam desejos da terra quente por conquistar Nobre soldado que vens senhor por sobre as asas do teu dragão beijas os corpos no chão queimado nunca serás o nosso perdão Ai Timor calam-se as vozes dos teus avós Ai Timor se outros calam cantemos nós Salgas os ventres que não tiveste ceifando os filhos que não são teus nobre soldado nunca sonhaste ver uma espada na mão de Deus Da cruz se faz uma lança em chamas que sangra o céu no sol do meio dia do meio dos corpos a mesma lama leito final onde o amor nascia Ai Timor calam-se as vozes dos teus avós Ai Timor se outros calam cantemos nós João Monge