O poeta asseteado por amor Ó Céus! Que sinto n'alma! Que tormento! Que repentino frenesi me anseia! Que veneno a ferver de veia em veia Me gasta a vida, me desfaz o alento! Tal era, doce amada, o meu lamento; Eis que esse deus, que em prantos se recreia, Me diz: <>Insano! Eu bem te vi dentre a luz pura De seus olhos travessos, e cum tiro Puni tua sacrílega loucura: >>De morte, por piedade hoje te firo; Vai pois, vai merecer na sepultura À tua linda ingrata algum suspiro.>> Bocage