Onan dos outros!...

        Onan dos outros! Ó deus que dás confiança
                  Só a quem já confia!
        E não à morrente ou garça mão que se ansa 
                    Varonil e vazia.

            O Virgem Negra, tal me descobriram
                  Cincoenta anos depois,
         Em minha infusão estou. Tombam, deliram
                 Em vão quantos seguiram

             Minha viagem ao nunca ser dois.
            No seu andor de luto e de desgraça
                   O Virgem Negra passa
                 Maior que todos os sóis.


                                 de "O Virgem Negra" por M. C. V. 
                                 (Mário Cesariny).  
  


Enviado para a pt-net por Ricardo Azevedo (ucbhroa@ucl.ac.uk)