+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ Olá a todos Faz-se esta semana uma edição especial por Timor Lorosae, quando se começa a ver um ténue raio de luz no final deste túnel de horrores. Começa-se com um inédito - um grito de raiva - do Carlos Nogueira Fino que gentilmente mo enviou, e mostra assim que na Madeira também há gente de alma grande. Termina-se com o hino da solidariedade portuguesa cantado incessantemente por todos nós nos últimos dias. Pela Paz em Timor Lorosae Carlos +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ um grito de raiva por timor lorosae depois de tudo isto é obrigatório que existas deus para que sejas tu a julgar os assassinos que vão ficar impunes envelhecendo anonimamente por toda a indonésia até cairem podres e os que dão ao diabo o benefício da dúvida e tempo adicional à morte para que o silêncio desça imperturbável sobre os mártires e os rios de sangue se evaporem porque os mandantes esses já os consome apesar da tua contumaz ausência terem compreendido que não são humanos e lhes queima as entranhas o veneno de não ter futuro carlos nogueira fino 10/09/99 ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ Timor Andam lá sem descançar Nas montanhas a lutar Iluminam todo o mar De Timor Nas montanhas sem dormir Uma luz a resistir Arde sem se apagar Em Timor Andorinha de asa negra Se o teu voo lá passar Faz chegar um grande abraço Dá saudades a Timor Eles não podem escrever Porque vão a combater Vão de manhã defender A Timor As crianças a chorar Não as posso consolar Que eu nunca cheguei a ver A Timor Andorinha de asa negra Vem ouvir o meu cantar Ai que dor rasga o meu peito Sem notícias de Timor Nunca mais hei-de voltar Já não posso lá voltar À idade de lembrar A Timor Pedro Ayres de Magalhães ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ Timor Lavam-se os olhos nega-se o beijo do labirinto escolhe-se o mar no cais deserto ficam desejos da terra quente por conquistar Nobre soldado que vens senhor por sobre as asas do teu dragão beijas os corpos no chão queimado nunca serás o nosso perdão Ai Timor calam-se as vozes dos teus avós Ai Timor se outros calam cantemos nós Salgas os ventres que não tiveste ceifando os filhos que não são teus nobre soldado nunca sonhaste ver uma espada na mão de Deus Da cruz se faz uma lança em chamas que sangra o céu no sol do meio dia do meio dos corpos a mesma lama leito final onde o amor nascia Ai Timor calam-se as vozes dos teus avós Ai Timor se outros calam cantemos nós João Monge +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++